Produtos defeituosos ou até mesmo vencidos acabam no lixo comum, deixados para que qualquer pessoa possa ‘aproveitar’ sem o consentimento de quem produziu. Isso traz um enorme prejuízo para as marcas. Os danos causados por este descarte podem ser grandes, podendo gerar além de prejuízos financeiros como prejuízos com relação a imagem.
Renato Pádua, Executivo de Contas da CWBem, conta que quando um lote de produtos não atende os padrões de qualidade, o correto é descaracterizar para evitar problemas: “Estes produtos precisam ser desmontados até porque muita coisa pode ser aproveitada na reciclagem. O que for orgânico, pode ser destinado para compostagem. É uma maneira de minimizar as perdas e evitar que alguém utilize algo de má qualidade com a sua marca. O impacto é negativo, tanto para quem usa, quanto para a empresa que pode ter sua imagem arranhada nesses dias de redes sociais e o recente cancelamento” elucida Renato.
Vantagens são enormes
Os benefícios não tangíveis englobam, acima de tudo, a proteção da marca, pois a descaracterização elimina a possibilidade de que produtos não comercializáveis ganhem o mercado clandestinamente:
“Pensando em um produto para consumo alimentar, é possível vender até 100% das embalagens para a reciclagem e destinar a massa biodegradável para a compostagem. A empresa obtém uma receita com os produtos que seriam descartados e reduz o impacto financeiro no final do mês. É, dentro da roda financeira, uma maneira de perder menos e recuperar algo que foi investido e utilizado de maneira equivocada”.
O fator rastreabilidade também pesa nesse momento. Dá para fazer o rastreamento da destinação dos produtos em cada etapa do processo de descaracterização, claro, através de um projeto especial criado por especialistas:
“Entramos, agora, em outro aspecto, que é evitar problemas de fiscalização quando um produto está em desacordo com legislações sanitárias e ambientais. Neste processo, a empresa tem como comprovar a destinação final dos produtos descaracterizados, ficando livre de quaisquer problemas futuros com a lei”.
Empresa responsável precisa ter seriedade
Por mais que nem todos os produtos possam ser reciclados, a destinação final precisa seguir as regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e demais legislações, no âmbito estadual e municipal. Renato alerta para a importância de entrar em contato com empresas sérias que fazem este serviço através de projetos personalizados, criados para atender em cada detalhe: “Verificar se a empresa contratada para a descaracterização possui todas as licenças exigidas traz idoneidade. O descarte de produtos é um tema que não pode ser ignorado” completa Renato.